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Carreira e maternidade: Por que o RH ainda reage mais do que age
Recesso escolar de julho escancara desigualdades no mercado de trabalho para mães; especialista aponta caminhos para reter talentos femininos
Julho é mês de férias escolares e, para muitas mulheres que conciliam carreira e maternidade, esse período representa mais um teste de resistência. A ausência de suporte institucional e de políticas de flexibilidade nas empresas torna evidente uma realidade já conhecida: o mercado de trabalho ainda penaliza mães, enquanto exige delas uma produtividade implacável. O problema é estrutural, e os departamentos de Recursos Humanos muitas vezes preferem reagir a crises individuais em vez de agir de forma estratégica.
Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelam que cerca de 50% das mulheres são desligadas do mercado formal até dois anos após a licença-maternidade, o que escancara um padrão de exclusão sistemática que precisa ser enfrentado de forma mais consciente e proativa.
“Não é mais possível tratar o tema da maternidade como uma exceção. Flexibilidade e escuta ativa são os dois grandes ativos para retenção de talentos femininos. Quando essas práticas são integradas à cultura da empresa, o retorno é imediato: engajamento, produtividade e reputação fortalecida”, afirma Luciane Rabello, psicóloga e CEO da TalentSphere People Solutions
“Não se trata de benefícios, e sim de estruturas necessárias para garantir igualdade de condições no crescimento profissional. A maternidade não pode seguir sendo um freio invisível na trajetória das mulheres”, reforça Luciane. Para a especialista, políticas de trabalho híbrido, jornadas adaptáveis durante o recesso escolar e canais seguros para acolhimento de demandas específicas são ações práticas que geram impacto.
O desafio, porém, vai além das políticas escritas. Ainda é comum que mães sintam receio de falar sobre suas dificuldades ou de pedir adaptações por medo de julgamentos. “A escuta ativa é tão importante quanto a flexibilidade. RHs precisam deixar de lado scripts prontos e entender a realidade de suas colaboradoras com empatia e compromisso real com a inclusão”, completa a CEO.
Em pleno 2025, manter estruturas que ignoram a parentalidade é uma escolha, e uma escolha cara para as empresas que querem atrair e reter os melhores talentos. Neste recesso escolar, cabe ao RH refletir: estamos agindo ou apenas apagando incêndios?
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